Tetracampeão do mundo na canoa classe VL1, o paracanoísta Luis Carlos Cardoso precisou superar seus limites para voltar do Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem de Montemor-o-Velho com uma medalha de prata e outra de bronze na bagagem. Mesmo remando com dores na costela (e sem analgésicos), o atleta do clube faturou o vice-campeonato mundial na canoa classe VL1, a apenas três centésimos do primeiro lugar, o italiano Esteban Farias. Na prova do caiaque classe KL1, ele ficou com o bronze. O campeonato aconteceu no final de agosto, em Portugal.

“Fiquei bastante feliz por competir duas provas e em ambas conseguir medalhas. Uma semana antes machuquei minha costela, tive de diminuir o ritmo dos treinos e descansar mais para me recuperar a tempo. Na hora da disputa, dei o meu máximo. Por muito pouco ganhei o ouro na canoa, fiquei à frente por 150 metros, só no finalzinho mesmo que não tive mais forças”, conta Luis Carlos, um dos principais nomes da paracanoagem brasileira.

Luis Carlos faturou o ouro no caiaque no Pan-Americano de Canoagem Velocidade e Paracanoagem de Dartmouth, realizado no Canadá, em setembro. Na Copa do Mundo de Paracanoagem disputada em Szeged, na Hungria, Luis Carlos já havia conquistado duas medalhas de prata, tanto no caiaque quanto na canoa.

“Ano que vem buscamos o título no Mundial, que será classificatório para os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. Cada ano está mais acirrado, com os adversários bem preparados, mas estamos competindo de igual para igual. Subimos no pódio em todas as competições internacionais deste ano e nosso principal objetivo em 2020 é estar em Tóquio”, pontua o técnico Ákos Angyal.

Nascido em Picos (PI) e radicado em São Bernardo, Luis Carlos começou a remar em 2010, no processo de reabilitação após ficar paraplégico. Atleta da Associação há três anos, ele representa o clube nas competições nacionais e treina na Sede Náutica.