Academia: a evolução ao longo do tempo

Data de Postagem: 04/07/2017


“A academia de modelagem física – halteres – da Associação já conta com 200 alunos. Entretanto, tem capacidade para muito mais devido aos numerosos e modernos equipamentos que possui”. Era assim que “O Dragão”, na edição de outubro de 1979 divulgava a musculação ainda pouco conhecida. Quando surgiu, o espaço ficava onde hoje é o Departamento de Esportes.

Homens e mulheres treinavam em salas separadas, que não tinham aparelhos, somente pesos livres. No final dos anos 70, foi inaugurada no atual espaço, mas ainda com salas separadas por sexo.

“Escolhíamos o horário em que queríamos treinar, em aulas de uma hora. Frequento a academia desde a década de 70, quando ainda era em uma pequena sala. Naquela época, o esporte não era muito conhecido. Somente depois que passamos a ter um instrutor, então no começo muita gente se lesionava”, relembra o médico Euclides Ramos Fernandes Jr., 74 anos, que treina pelo menos quatro vezes na semana. “Se eu tenho a saúde que tenho hoje, é porque o esporte sempre fez parte da vida”, completa.

O público feminino preferia as aulas de ginástica aeróbica, que virou febre na virada dos anos 70 para os 80. Discoteca nos finais de semana, de terça a sexta o salão social recebia aulas de ginástica e jazz.

“A preocupação inicial é a soltura do corpo, maior socialização e autoconhecimento. Há ainda o trabalho das massas corporais, formação de musculatura e desenvolvimento da capacidade aeróbica e anaeróbia”, disse a então professora Vânia Ramos na edição de junho de 1982 de “O Dragão”.

Somente em 1989 que homens e mulheres passaram a treinar juntos. Com o espaço maior, chegaram novos aparelhos. A professora de educação física Fernanda Centurion, funcionária do clube há 32 anos, participou desta transição.

“No começo as pessoas estranharam, mas isso mudou aos poucos. Graças à divulgação na mídia e indicação dos médicos, o número de praticantes aumentou bastante, mulheres principalmente. A tecnologia dos aparelhos evoluiu muito também, assim como as aulas de ginástica”, explicou Fernanda.

Amizades

Cinco vezes na semana, o psicólogo aposentado Mário de Mello, 80 anos, faz musculação e complementa o treino com corrida ou natação. Cuidar da saúde é importante, mas não é só isso que o motiva.

“A academia é a continuidade da minha família pelos amigos que conheci aqui. Formamos um grupo de mais ou menos 10 pessoas e, todas as primeiras sextas-feiras do mês, saímos para almoçar”, conta.

O administrador aposentado Cláudio Pereira, de 64 anos, faz parte do grupo. “O que me motiva a vir são as amizades: a gente conversa, se diverte e cuida um do outro. Venho todos os dias, mas o exercício acaba se tornando secundário. Os professores também viraram amigos”, afirma.

Atualmente com 1.500 matriculados, o público da academia é bastante variado. A aluna mais velha é Inês Vergueiro, 95 anos, sempre acompanhada da filha, Maria Cecília. “Fazia aula de ginástica desde quando começou, com as professoras Marly e Vânia. Frequento a academia quatro vezes na semana, sinto falta se não venho. É muito bom para ter equilíbrio nas pernas”, explica.

A farmacêutica Fabiana Savordelli Pinotti, 45 anos, faz musculação desde 1996. “O exercício é fundamental, não é só pela estética, é pela saúde. Aqui na Associação conheço todo mundo e fico à vontade. O bacana é que tem gente de todas as idades”, afirma.

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